quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

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Eu começo a ficar farta da conversa do sr. Manuel Dias...
Se ele fiscaliza-se melhor os parquezinhos dele é que fazia bem!
Assim talvez deixa-se de acontecer acidentes do tipo que me aconteceu, em que fiquei com a Capucine toda riscada por cima, simplesmente porque no parque de campismo do CCL no Algarve não cortam as Oliveiras de modo a que possamos aceder a uma AS que estava sem funcionar. Mas souberam cobrar-me a tarifa apropriada! E lavaram as maozinhas quando eu lhes expus o acidente: "a responsabilidade foi minha porque virei na rua errada dentro do parque"... Imagine-se!O caminho certo não era por ali...



http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=39399

Economia

Caravanismo ilegal rouba oito milhões ao Algarve


Filipe Antunes Ver Fotos »

Aldeia de caravanas à beira do Rio Gilão, em Tavira
É um jogo do gato do rato que tem sido aproveitado pelos caravanistas europeus para passar um mês à borda da Ria Formosa ou nas falésias da Costa Vicentina. Donos dos parques de campismo estão cansados de ver o negócio na rua.

TEMAS: Turismo
A vista sobre a Ria Formosa, as bicicletas e até a espreguiçadeira são os aperitivos essenciais para umas boas férias.

Porém, o cenário ganha contornos diferentes quando estes acessórios estão em pleno parque de estacionamento das praias algarvias, viajam a bordo de autocaravanas e pouco contribuem para a hotelaria local.

O problema já se arrasta há muito, mas o facto de o Algarve ser uma região tolerante em relação ao autocaravanismo – divulgada em sites da especialidade – tem feito com que, ano após ano, os parques de estacionamento de praias como a Manta Rota, Barril, Alvor e Amado vejam as suas áreas disputadas ao milímetro, especialmente de Janeiro a Maio.

Se, por um lado, a questão aparenta contornos de campismo selvagem, por outro torna-se ilegal quando muitas destas zonas estão integradas em áreas protegidas dos Parques Naturais da Ria Formosa ou do Sudoeste e Costa Vicentina.

Os protestos chegam pela voz dos empresários do sector do campismo ouvidos pelo «barlavento», que se queixam de «concorrência desleal».

Para o presidente da Associação Portuguesa de Empresários de Camping e Hotelaria ao ar livre (Aecamp), o problema está «na falta de fiscalização das autarquias e das autoridades», que deveriam «actuar em conjunto e levar os autocaravanistas a criar valor económico nos parques de campismo».

De acordo com Manuel Dias, apesar de uma autocaravana poder estar parada num parque automóvel, isso não dá ao condutor o direito de aí pernoitar, uma vez que «está a fazer do transporte um espaço de alojamento».

«Se, por força da lei, os parques de campismo estão obrigados a estruturar-se para receber este tipo de turistas, não se percebe por que têm de continuar a ver o seu negócio na rua», entende o também administrador do grupo Orbitur.

Posição idêntica é manifestada por Fernando Rocio, proprietário de um dos poucos parques algarvios especializado em acolher autocaravanas e o único do concelho de Tavira.

Apesar de garantir ter todas as condições, Rocio diz que a sua ocupação média anda na casa 50 por cento, mas teria condições de ser ampliada «caso as autoridades cumprissem o que está escrito nos regulamentos de trânsito».

A complexidade do assunto já levou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve a fazer um diagnóstico do problema, entre 2006 e 2007, embora desde aí pouco tenha mudado.

Segundo o estudo, todos os anos rumam ao Algarve mais de 37 mil caravanistas, cujo número de dormidas (informais) ultrapassa a fasquia dos 1,2 milhões.

Também de acordo com as estimativas da CCDR, caso todos os caravanistas que passam pela região ficassem alojados em parques de campismo, e tendo por base o preço médio praticado, as receitas para o sector poderiam ascender aos oito milhões de euros.

Segundo Alexandre Domingos, da CCDR, «chegaram a existir no Algarve 92 concentrações informais de autocaravanas, sendo que 80 por cento destas áreas coincidiam com espaços lagunares, praias e parques naturais».

Instado pelo «barlavento» a comentar o assunto, o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) não respondeu aos pedidos de informação solicitados.


3 de Fevereiro de 2010 | 08:33
Filipe Antunes

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